Impactos da greve dos caminhoneiros na cidade são debatidos em reunião

Apesar de a situação ainda estar sobre controle, o desabastecimento de combustíveis e, principalmente, dos bens de consumo à população, já traz preocupação aos membros do Grupo Resposta de Ações Coordenadas (Grac) de Três Barras.

O sinal de alerta foi ligado e se a greve dos caminhoneiros persistir por mais alguns dias, o Governo do Município pode, inclusive, fechar os centros de educação infantil já na próxima semana.

De acordo com a secretaria de Educação, o gás de cozinha está acabando em praticamente todas as creches, assim como os alimentos da merenda servida às crianças.

Outro agravante para a possível medida é o deslocamento dos professores até as unidades, que deve ficar comprometido também na próxima semana. Muitos dos profissionais residem em outras cidades da região e, sem combustível, não terão como chegar às creches. As aulas nas escolas de ensino fundamental estão suspensas desde a semana passada, sem previsão de retorno.

Esses e outros impactos da paralisação dos caminhoneiros foram tratados durante reunião no início da noite desta terça-feira (29), na prefeitura. Prefeito Luiz Shimoguiri, secretários municipais e representantes da segurança pública participaram do encontro convocado pela Defesa Civil Municipal.

A coordenadora municipal da Defesa Civil, Adrielli da Costa, informou que há falta de gás na cidade. O órgão negocia, com outros municípios, a chegada de um carregamento para atender exclusivamente as escolas, creches e demais prestadores de serviços essenciais à população da região. As polícias civil e militar são quem farão a escolta do caminhão com os botijões.

O agente da Defesa Civil, Adilson Martins, o Déga, disse que o órgão está em constante monitoramento da situação e pronto a atender às demandas. Porém, destacou a importância de os pedidos serem repassados com antecedência para que possam ser traçadas estratégias de logística e garantir o fornecimento.

Produtos como leite e carne já estão em falta em alguns mercados. Porém, na maioria deles, o estoque de produtos alimentícios deve abastecer a população até pelo menos o início da próxima semana. O levantamento foi feito pela Defesa Civil junto a 20 comerciantes de diversos pontos da cidade.

Mesmo com os problemas de abastecimento, os membros do Grac reforçam a importância de se comprar apenas aquilo que for consumir, sem a necessidade de estocar alimentos em casa.

Não está descartada, no entanto, a implantação da cota máxima de alimentos vendidos por pessoa, a fim de contemplar um número maior de famílias neste momento de crise. Ainda nesta semana, as coordenadorias municipais do Procon e da Defesa Civil devem se reunir com os mercadistas para tratar do assunto.

Conforme o prefeito Luiz Shimoguiri, a prefeitura conta com boa reserva de combustíveis para manter em circulação as ambulâncias para atender os casos de urgência e emergência, além dos veículos da secretaria municipal de Saúde que, por exemplo, transportam pacientes para a realização de hemodiálise, quimioterapia e radioterapia em Mafra e Porto União.

O restante da frota municipal está parada até que o abastecimento de combustíveis seja normalizado em toda a região.

Presentes na reunião, 2° sargento Reginaldo Scheuer, comandante do Grupo da Polícia Militar; Jordão Alves, comissário e responsável pela Delegacia de Polícia Civil; e o subtenente William Carlos, comandante do Corpo de Bombeiros, também confirmaram que há quantidade de combustível suficiente para manter as viaturas em operação.

 

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