Enxurrada motiva retirada temporária de pelo menos 50 famílias em Três Barras; prefeito anuncia ações de auxílio às vítimas

A enxurrada que atingiu Três Barras durante a noite e madrugada de quarta-feira, 18, fez com que pelo menos 50 famílias da cidade fossem removidas temporariamente para casa de parentes e para um hotel da cidade, que teve a hospedagem custeada pela Prefeitura.

“Foi uma ação preventiva a fim de garantir a segurança das pessoas. Ninguém esperava um volume de chuva tão grande, mas, mesmo assim, conseguimos dar uma rápida resposta aos atingidos”, observou o prefeito Luiz Shimoguiri, que participou ativamente das ações de auxílio às vítimas.

De acordo com a secretaria municipal de Defesa Civil, praticamente todas já retornaram às suas casas na manhã desta quinta-feira, 19.

“Vale ressaltar que grande parte das famílias atingidas se recusou a deixar suas residências. Por esse motivo, as equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros ficaram em alerta e monitorando a situação até às 4h, momento esse em que as águas haviam baixado quase que em sua totalidade”, explicou João Francisco Canani, secretário municipal da Defesa Civil.

Locais pontuais no distrito de São Cristóvão e nos bairros João Paulo II e Zilda Pacheco/Argentina foram os mais atingidos pela enxurrada. Há ainda pontos de alagamentos nos dois bairros da sede do município.

Conforme o serviço de monitoramento da Defesa Civil de Santa Catarina, Três Barras registrou 104 milímetros de chuva em seis horas, volume esse esperado para um mês inteiro.

 

Resposta

Na manhã desta quinta-feira, 19, prefeito Luiz Shimoguiri reuniu o secretariado para avaliar a situação do município após a enxurrada e determinar ações a serem executadas nas próximas horas.

Segundo o prefeito, o município irá fornecer kits com materiais de limpeza a todas as famílias que tiveram suas casas invadidas pela enxurrada. Já as pessoas mais carentes também receberão cestas básicas.

Shimoguiri disse, ainda, que todo o secretariado e setores públicos municipais estão mobilizados no sentido de melhor atender às vítimas das chuvas.

“Ainda estamos trabalhando no levantamento dos prejuízos causados à população. Mas, preliminarmente, podemos apontar que muitas casas foram invadidas pelas águas”, afirmou.

 

Ações

Durante reunião com o secretariado, Shimoguiri disse que o município deve dar agilidade as obras de desassoreamento do Rio Barra Grande, que corta os bairros João Paulo II e Zilda Pacheco/Argentina, que constantemente vem sendo castigados quando da ocorrência de chuvas intensas.

O prefeito lembra que há anos o município aguardava pela autorização do Instituto do Meio Ambiente (IMA).

“A limpeza autorizada é numa extensão de até 980 metros lineares e numa profundidade de no máximo 60 centímetros. Devem ser preservadas, no entanto, toda a vegetação que ficam às margens”, informou Shimoguiri, que acredita que o desassoreamento deve melhorar consideravelmente a vazão do rio.

Outra intenção anunciada por Shimoguiri, mas que ainda depende de estudo técnico do setor de Planejamento da Prefeitura, é a substituição do bueiro da Rua José Nunes Cavalheiro, no bairro Zilda Pacheco, por uma ponte.

Com essa medida, o prefeito acredita que teria fim o represamento de água naquela região do bairro, já que aumentaria em mais de um metro a profundidade de vazão no Rio Barra Grande.

 

 

 

Rolar para cima