Construído, na maioria das vezes, em madeira e rolamentos de aço para a disputa de corridas em ladeiras asfaltadas e lisas, o carrinho de rolimã faz parte, hoje, da lembrança de muitos adultos que viveram a infância ou adolescência na década de 1980.
Usado inicialmente por crianças das periferias de grandes centros urbanos, o brinquedo logo virou febre nacional, principalmente, em cidades favorecidas pelo relevo íngreme.
Assim como as brincadeiras de rua, que com o passar dos anos começaram a disputar espaço com as novas tecnologias, o também denominado carrinho de rolamento deixou de atrair a atenção das crianças.
Contribuíram, para isso, o advento do vídeo game, o acesso ao computador e mais, recentemente, os jogos online, as redes sociais e os aplicativos de telefones celulares.
Como forma de resgatar as brincadeiras antigas e saudáveis é que a Escola Básica Municipal Guita Federmann, de Três Barras, promoveu na manhã de terça-feira, 15, o 1º Concurso de Carrinho de Rolimã, reunindo turmas dos 8° e 9° anos.
Idealizadora do evento, a professora de Artes Sandra Kuchler justificou a iniciativa por entender que o brinquedo divertiu gerações de pessoas, muitas delas, inclusive, pais dos próprios alunos da escola. “Quem com mais de 30 anos não conhece ou nunca brincou de carrinho de rolimã?”, indagou.
Focada em desenvolver o potencial criativo dos alunos, que projetaram e construíram os próprios carrinhos, a competição reuniu 12 participantes em duas categorias. Jurados convidados pela direção da escola definiram os primeiros colocados.
A dupla de estudantes Mateus Padilha e Gabriele Kotarski (9° III) foi a vencedora na “Mais Elaborado” com o carrinho Guita Flintstone, enquanto as alunas Eliana da Maia e Thauany Gomes (8° III) alcançaram o primeiro lugar na categoria “Mais Exótico” com o brinquedo “Guidescar”.
O evento teve o respaldo da prefeitura de Três Barras, por meio da secretaria de Educação, Cultura e Esporte e fez parte das celebrações do Dia do Folclore, que ocorre em 22 de agosto.
